terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Script da cena que foi para o ar ontem

CENA 4. ESCOLA DE TEATRO. INT. DIA
CAM. MOSTRA NEWTON E ALUNOS. DANILO NO MEIO DELES. BENÉ OBSERVA.
NEWTON - Eu quero propor um exercício pra todo mundo. É o famoso exercício da árvore, da Maria Clara Machado.
DANILO - Que tudo! Maria Clara Machado! Sabia tudo de Teatro! Adoooro!
A FALA DE NEWTON É ENTRECORTADA POR TAKES DOS ALUNOS FAZENDO O EXERCÍCIO. PODE SER MEIO COREOGRAFADO PARA FICAR AINDA MAIS BONITO, MAS COM CADA UM FAZENDO SUA PRÓPRIA ÁRVORE. UMA MÚSICA TOCANTE DA TRILHA EMBALA A CENA.
NEWTON - Eu quero que cada um de vocês, agora, imagine que é uma semente...
TODOS - INCLUSIVE DANILO E BENÉ - FINGEM QUE SÃO SEMENTES, ALGUNS EM POSIÇÃO FETAL, DE LADO, OUTROS EM POSIÇÃO FETAL DE JOELHOS, BENÉ DEITADO SOBRE A BARRIGA. DANILO NO CHÃO.
NEWTON - Uma pequena semente que foi plantada e, então, começa a germinar... Um pequeno caule surge da terra...
TODOS LEVANTAM MÃO, BRAÇO, DEDO, CADA UM NUM RITMO, LENTAMENTE. BENÉ ESTICA SÓ DEDO INDICADOR PARA O ALTO. OBS.: TODOS DE OLHOS FECHADOS, POR FAVOR.
NEWTON - Vocês vão crescendo aos poucos... Lentamente... Começam a brotar as primeiras folhas. O tronco, então, começa a crescer... crescer... erguendo-se do solo com suas raízes cada vez mais fortes...
TODOS LEVANTAM OS TRONCOS, CADA UM NUMA POSIÇÃO.
NEWTON - Os galhos começam a se lançar cada vez mais alto, procurando o vento, a luz do sol...
TODOS LEVANTAM OS BRAÇOS.
NEWTON - Sintam as folhas que brotam, as primeiras flores.
CAM. MOSTRA DEDOS.
NEWTON - Os primeiros frutos... Cada um de vocês agora é uma árvore frondosa... Sintam o vento batendo em suas folhas...
TODOS AGITAM OS BRAÇOS.
NEWTON - Agora, começa a chover... Sintam a chuva que molha a copa da árvore, escorre pelas folhas, desce pelo tronco... penetra no solo e alimenta suas raízes...
INSERIR EFEITO: GRAVAR À PARTE, O DETALHE: DANILO, DE OLHOS FECHADOS, COMEÇA A RECEBER PINGOS DE CHUVA, EM SUA IMAGINAÇÃO, NO ROSTO, E SORRI, DE OLHOS FECHADOS. OUVIMOS SEUS PENSAMENTOS, EM OFF::
DANILO - (OFF, SOBRE IMAGENS) Que maravilha! Tudo! Adoro! Que poder é esse? O poder da imaginação! O poder do faz-de-conta!
CORTA PARA

CENA 8. ESCOLA DE TEATRO. INT. DIA
CONT. NÃO IMEDIATA DA CENA 4 DO CAP. 138.
ALUNOS (FIGURAÇÃO), DANILO, BENÉ E MAGDA FAZEM O EXERCÍCIO DA ÁRVORE COMANDADO POR NEWTON.
OBS.DIREÇÃO: APESAR DE NÃO TER SIDO CITADA NAS CENAS ANTERIORES, VALORIZAR A PRESENÇA DE MAGDA, DESDE O COMEÇO DO EXERCÍCIO DA ÁRVORE.
CAM. VOLTA A NEWTON, E AO PLANO GERAL. OBS. NÃO HÁ CHUVA ALGUMA, OS TAKES DA CENA ANTERIOR SÃO FRUTOS DA IMAGINAÇÃO MUTANTE DE DANILETE.
NEWTON - Os anos se passam... Sintam o efeito do tempo sobre vocês... Vocês tiveram uma longa vida... Agora, a árvore começa a completar o seu ciclo...
TODOS COMEÇAM A SE CURVAR.
NEWTON - As raízes já não conseguem mais se segurar ao solo. Os galhos e troncos não resistem mais ao tempo... A árvore finalmente e bem lentamente tomba...
TODOS VOLTAM AO CHÃO, BEM LENTAMENTE.
NEWTON - A árvore se reintegra à natureza. E dá início a um novo ciclo de existência...
INSTANTES. FIM DO EXERCÍCIO.
NEWTON - Obrigado! Vocês foram ótimos!
DANILO - Adorei ser uma árvore. Pena que ela morreu...
NEWTON - Pois é, Danilo. Veja como o exercício do fazer de conta é poderoso. De repente, eu vi uma floresta na minha frente. Nossa mente é capaz de coisas incríveis. Mas também de nos aprisionar nas mais terríveis armadilhas. A armadilha do ódio, da cobiça, da guerra, da violência. Nós somos artistas. Temos o dom de encantar as pessoas e levá-las para um mundo de fantasia que nada mais é do que um reflexo do mundo em que vivemos. Precisamos usar a nossa arte como instrumento de paz. Mostrar ao mundo as conseqüências devastadoras da guerra, sem precisar viver a guerra, usando apenas o faz de conta. Temos que mostrar que a paz é o melhor caminho, conscientizar a população de que não precisa haver a guerra. Todo ser humano é carente, precisa do outro pra viver. E essa carência só é preenchida com o amor. O amor que está em nós, o amor que cada um tem em si. Todos nós estamos repletos de amor. Amor que às vezes nem sabemos que existe de tão grande e poderoso. Precisamos espalhar esse amor e compartilhar esse sentimento com aqueles que se sentem excluídos, que não se sentem amados e que por isso acabaram escolhendo o ódio pra se fazerem notar. Mas o ódio só vai destruir a todos. Eu acredito que é possível viver sem violência e quero lutar por esse ideal: um mundo sem guerras, onde todos vivam em paz, aceitando as diferenças porque são elas que fazem o mundo tão rico e este planeta um lugar tão encantador pra se viver. Viva a paz!
TODOS - Viva a paz!
NEWTON - Vamos terminar esta sessão com palmas pra Maria Clara Machado, que nos passou esse exercício do Teatro: o exercício da Árvore!
TODOS APLAUDEM.
CAM. VAI PARA CAROL, QUE ESPREITA.
CAROL - (OFF, SOBRE IMAGENS) Eu não tô resistindo... Meu Deus, que sede animal!
INSERIR EFEITO: DENTES DE CAROL CRESCEM.
NO SUSPENSE,
CORTA PARA

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